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Pretendo ainda ser filósofo. Quero um dia ser poeta. Por agora, no entanto, me contento em compartilhar como as nuances da existência afetam meus sentidos. Elas não me definem por inteiro, mas contribuem imensamente.

terça-feira, julho 06, 2010

Menino.

   Quando eu era menino, havia um jardim do lado esquerdo da minha casa. Havia tantos tipos de flores quanto há estrelas no céu e todas elas formavam um colorido tão bonito quanto meus sonhos de menino. Mais afastado um pouco, logo após o jardim, havia também um riacho. A água era tão clara e limpa! Era lindo ver os raios do sol atravessarem a água e iluminarem as pedras no fundo do riacho, que era mais puro que minha própria alma de menino. Do lado esquerdo de meu peito havia um coração que, eu acreditava, poderia bater para sempre, mas isso era coisa de menino. Agora, talvez meu coração não exista mais. Agora, o jardim morreu, as flores murcharam e o colorido delas desapareceu. O riacho não corre mais, secou; somente as pedras ficaram, mas o sol não as ilumina mais, parou.
   Às vezes ainda olho para o lado esquerdo tentando ver o jardim, o riacho e até meu coração, mas então eu lembro que tudo ficou no passado, que são apenas lembranças... de menino.

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